sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Que a Teoria Compense a Falta de Prática – Estrelas e suas Idiossincrasias...



Se tu estás lendo esse post é porque em algum momento de sua vida já paraste, mesmo que só por algum tempo, e olhaste com alguma curiosidade para o espaço. Está aí a motivação inicial da pergunta que lhes proponho no final desse post!
Existem vários modos de se classificar uma estrela, entretanto, para a astronomia de posição o mais relevante deles ainda é aquele que é regido pela coloração do corpo celeste. Notastes nesse tempo que contemplaste o infinito que nem todos os astros têm a mesma cor e brilho? Caso não, sem maiores problemas, realmente não te culpes; nem todos nós nascemos com a mesma acuidade visual... tal coisa nunca impediu ninguém de se tornar um bom astrônomo. Para falar a verdade os melhores astrofísicos que eu conheço usam assustadores pares de óculos... e que caso desprovidos deles, não encontrariam mesmo o caminho para casa... ;P Então não te preocupes com isso, por mais robusto que sejam teus óculos, provavelmente ele ainda será bem menor que o espelho refletor de seu telescópio...
Pois bem, como tudo nesse universo existe um motivo muito bem fundamentado para o ser, essa diferença de cor entre as estrelas não poderiam ser em nada diferente! Mesmo que esses corpos celestes não sejam mais que grandes aglomerados de gás(sim, eles não são sólidos mesmo, fora por um minúsculo núcleo solido que os mais antigos desses corpos guardam, as estrelas estão em estado plasmático), eles anida guardam as suas idiossincrasias! Sei que isso quebra um pouco do romantismo de toda essa coisa, contudo, nesses singelos aglomerados de gás reside uma propriedade mais do que fabulosa... estrelas também são imensos reatores de fusão nuclear. Sua mecânica fundamental é composta basicamente por trasformação de quatro moléculas de Hidrogênio em uma de Hélio. Isso mais que justifica as mudanças de espectro que, provavelmente algum dia, já observaste. À medida que o hidrogênio acaba o astro se força a queimar o seu Hélio previamente acumulado assim ele se expande cada vez mais e também toma uma tonalidade mais avermelhada produzindo cada vez menos calor. Dependendo de sua massa horiginal, esse corpo celeste evolui para uma Estrela Anã, uma singular Esterla de Neutrons ou para um fantástico Buraco Negro! Listados esses em uma ordem decrescente de poder gravitacional. O que guarda de especial isso? Esse processo é consolidado retraindo seu volume sem nunca perder em massa! No final deste processo, quando se dá a morte do astro, esse corpo se trona tão massivo que uma colher de chá de sua matéria pesa várias toneladas.  
Mas afinal, como tudo isso pode ser útil para mim agora? Acredito que isso pode ser útil a medida que tenhamos em mente que tal coisa pode nos dar idéia da idade, expansão e temperatura de qualquer astro que observamos. Ou seja, quanto mais braça, e maior a temperatura e a luminosidade, mais nova essa estrela é; assim como quanto mais vermelha maior a idade e o diâmetro dessa mesma. Cuidado aqui...  mesmo sabendo disso, sua magnitude ainda depende da distância de nosso planeta! Tendemos a imaginar que aquilo que é mais brilhoso está mais próximo de nos ou é maior que as outras coisas! Isso não é verdade... tenha em mente, por enquanto, que quanto mais novo o astro maior sua capacidade de brilhar. Contudo, isso não têm nada a ver com aquilo que você pode ver agora ma abóboda celeste. O afastamento desse corpo de nosso planeta e seu tamanho real também conta nesse calculo!
Lhes passo mais um exercício de observação de astronomia. Acredito que este vai se mostrar bastante simples! Basta se ter alguma boa vontade... Com ajuda do software que lhes indiquei antes, tente encontrar no espaço alguns destes astros listados na tabela abaixo, assim verificando que cor realmente eles lhes parecem:

Tipo Coloração                 Temperatura(K)    Exemplo Facilmente Visível
O         Azul                      28.000 a 45.000               δ orionis
B Azul-Esmaecido           10.000 a 28.000             Rigel (β orionis)
A Branco-Azulada             10.000 a 7.500          Sirius (α canis majoris)
F        Branco                      7.500 a 6.000           Procyon (α canis minoris)
G Branco-Amarelado          6.000 a 5.000                Nosso Sol
K     Alaranjada                   5.000 a 3.500             Arcturus (α boötis)
M Vermelho-Alaranjada     3.500 a 2.500              Antares (α scorpii)

Agora espero que lhe reste ainda uma pergunta final: Por onde será que anda a evolução estrelar do nosso velho Sol? Qual será seu destino? Aqui fica essa última reflexão! Compare o sol com seus visinhos celestes, e tome as suas conclusões...

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